Um artigo recentemente publicado na revista npj Ocean Sustainability, do grupo Nature, propõe uma nova abordagem para a gestão e conservação dos oceanos face às crescentes ameaças ambientais e climáticas. O trabalho é liderado pela investigadora do MARE Catarina Frazão Santos.
A investigação aponta caminhos inovadores para articular dois instrumentos-chave na gestão marinha: o ordenamento do espaço marinho (OEM) e o planeamento de áreas marinhas protegidas (AMP). Ao explorar como estas abordagens podem ser complementares, o estudo lança as bases para uma ação mais eficaz em defesa da sustentabilidade oceânica.
Este artigo resulta de uma colaboração internacional que inclui especialistas de vários países, que a urgência de clarificar os papéis e funções distintas do OEM e das AMP, frequentemente confundidos, defendendo uma gestão integrada e coerente para enfrentar os desafios globais que afetam os ecossistemas marinhos.
“O ordenamento do espaço marinho e o planeamento de áreas marinhas protegidas não são a mesma coisa. Mas ambos têm um papel fundamental na sustentabilidade do oceano, em especial no contexto das presentes crises climática e de biodiversidade.” declarou Catarina Frazão Santos a CIÊNCIAS.
Num momento em que se intensificam os esforços globais para proteger os oceanos, o estudo alerta que o crescimento económico não pode ser promovido à custa da biodiversidade e da saúde dos ecossistemas. O OEM, embora essencial, não substitui o papel das AMP na preservação dos habitats marinhos e no bem-estar das comunidades que deles dependem.
Ao traçar diretrizes claras e propor uma abordagem coordenada entre as duas ferramentas, o artigo oferece um novo referencial para decisores políticos, gestores marinhos e comunidades costeiras que procuram soluções equilibradas para um oceano sustentável, resiliente e saudável.
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