O Professor Doutor João José Roma de Paços Pereira de Castro, investigador do MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente e docente da Universidade de Évora, foi nomeado, por indicação da Senhora Reitora da Universidade de Évora, como representante da instituição na Comissão de Cogestão do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV).
Com uma carreira dedicada à biologia e ecologia marinha, João Castro é professor associado no Departamento de Biologia da Escola de Ciências e Tecnologia e diretor do Laboratório de Ciências do Mar da Universidade de Évora, onde tem promovido a investigação aplicada e a cooperação científica. Membro da ARNET – Rede de Investigação Aquática, integra também o MARE, contribuindo para o desenvolvimento de conhecimento científico relevante para a gestão dos ecossistemas aquáticos.
Ao longo do seu percurso académico e científico, tem coordenado ou participado em dezenas de projetos de investigação, monitorização ambiental e estudos de impacto, com uma produção científica significativa: é autor ou coautor de mais de 40 publicações científicas e apresentou mais de 130 comunicações em encontros da especialidade. Paralelamente, tem promovido atividades de formação e divulgação, reforçando a ligação entre ciência e sociedade.
A sua nomeação insere-se num modelo de cogestão que valoriza a participação ativa das instituições científicas na gestão sustentável das áreas protegidas. A Comissão de Cogestão do PNSACV, com funções executivas, atua em estreita articulação com os diversos agentes locais e nacionais para promover a conservação e valorização do território.
O Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, com cerca de 90 mil hectares (dos quais quase um terço em ambiente marinho), é uma das áreas de maior riqueza ecológica em Portugal. Caracteriza-se por uma combinação única de habitats terrestres e marinhos, elevada biodiversidade, espécies endémicas e raras, e uma forte presença de comunidades migratórias e residentes, como a cegonha-branca e a lontra, que utiliza o meio marinho como área de caça — um fenómeno raro na Europa. No mar, a confluência de águas atlânticas e mediterrânicas e os afloramentos costeiros criam condições ideais para uma elevada produtividade biológica.
A integração do Prof. João Castro nesta Comissão reforça o compromisso da Universidade de Évora e do MARE com a gestão participada e baseada em conhecimento científico, contribuindo para assegurar a conservação dos valores naturais e o equilíbrio entre proteção ambiental e desenvolvimento local sustentável.