Impactámos os ecossistemas marinhos. E agora?

No mar tudo está interligado. As espécies não conhecem fronteiras. As ligações que existem no oceano são essenciais para as espécies que nele vivem, muitas delas de extrema importância para nós, na nossa alimentação, pela biodiversidade que representam, no papel que desempenham na natureza. Fenómenos como as alterações climáticas, a construção de novas infraestruturas, como unidades de aquacultura, de produção de energia, pontes, portos e marinas, são alguns exemplos de como a ação do homem tem impactado estas ligações”, diz Susanne Tanner, investigadora doutorada do MARE/ARNET e da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (Ciências ULisboa), organizadora do simpósio onde serão debatidos estes temas.

O simpósio internacional - “Os impactos humanos na conetividade funcional dos ecossistemas marinhos” - realiza-se entre 22 e 25 de maio, no Cineteatro Municipal João Mota, em Sesimbra. Espera-se que mais de uma centena de investigadores, gestores marinhos e políticos de 30 países partilhem as últimas descobertas sobre a temática e discutam as políticas de gestão e preservação dos ecossistemas.

Nos três primeiros dias decorrem cinco sessões temáticas moderadas por investigadores mundiais de renome, e que incluem mais de 60 apresentações orais e 30 posters. No último dia realizam-se dois workshops: no primeiro será debatida a melhor forma de utilizar dados históricos e pré-industriais para antecipar alterações futuras na distribuição das espécies e consequências para os ecossistemas marinhos; e no segundo falar-se-á sobre a forma de envolver governos e ONG’s na cocriação de ações e ferramentas que incorporem dados científicos nos processos de tomada de decisão, planeamento e política para o desenvolvimento sustentável.

O simpósio conta com o apoio da Câmara Municipal de Sesimbra e é organizado pela Ação COST SEA-UNICORN, pelo Conselho Internacional para a Exploração do Mar (ICES), por Ciências ULisboa, MARE/ARNET e Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra.

 

 

 

 

 

 

                                                                                   ©Nuno Vasco Rodrigues