Monitorização do Parque Marinho do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. Que resultados?

O investigador do MARE - Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, João Castro, partilhou em formato de podcast, os resultados da monitorização do Parque Marinho do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, do projeto MARSW. O também diretor do Laboratório de Ciências do Mar da Universidade de Évora (CIEMAR) falou ao podcast da Universidade de Évora "UÉ com Ciência " sobre a criação e monitorização das AMPs (Áreas Marinhas Protegidas) em Portugal, e do Parque Marinho do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina em particular.

Em 2011 foram criadas áreas especiais de proteção nesta zona sendo a AMP do Parque Marinho do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina a maior extensão de costa protegida em Portugal. João Castro explica que com o projeto pretendeu-se, entre 2017 e 2021, fazer um levantamento das espécies e habitats marinhos existentes, topografia dos fundos marinhos, e analisar o efeito da proteção da AMP, principalmente relação à pesca. Pretendia-se ver como é que estavam a evoluir as comunidades marinhas face a essa proteção em relação à pesca. e fazer uma caracterização da pesca, de modo a ver até que ponto esta proteção marinha também contribui para um maior rendimento, ou não, da pesca. Isto é se a pesca é positivamente afetada por esta proteção da biodiversidade, "pois o interesse desta conservação não é só proteger a biodiversidade mas é também contribuir para uma maior sustentabilidade e rendimento da pesca.", explica João Castro, revelando ainda que foram encontrados efeitos significativos da proteção em diversos casos, tanto no que diz respeito à densidade, como à biomassa, podendo ter ocorrido exportação de biomassa.

 

O episódio do podcast pode ser ouvido aqui.