Paula Sobral destaca Desafios Urgentes do Oceano

A investigadora do MARE Paula Sobral publicou recentemente um artigo de opinião na Greensavers sob o título "Dia Nacional do Mar: Desafios Globais". No texto, a investigadora assinala o Dia Nacional do Mar (16 de novembro) como um momento crucial para a reflexão sobre a crise que o Oceano enfrenta e a urgência de uma ação coordenada a nível mundial. 

Paula Sobral sublinha que o Oceano se encontra numa "crise sem precedentes". A investigadora aponta a indissociabilidade entre o Oceano e o Clima, as alterações climáticas, os impactos evidentes na biodiversidade marinha e a quantidade crescente de poluentes (incluindo plásticos) como os principais fatores que exigem uma resposta imediata e concertada.

"O que já sabemos relativamente aos impactos causados é mais do que suficiente para agir, e esta é cada vez mais a opção que ganha consenso”, refere a investigadora.

Felizmente, a crise dos oceanos tem ganhado destaque na agenda política global, resultando em várias iniciativas importantes como  a Década das Ciências do Oceano (2021-2030), focada em soluções transformadoras, e a ambiciosa meta 30x30 da ONU, que visa proteger 30% do Oceano através de Áreas Marinhas Protegidas até 2030. 

Portugal já ratificou o histórico Tratado do Alto-Mar (BBNJ), que visa proteger a biodiversidade em águas internacionais, e a União Europeia lançou o Pacto Europeu para o Oceano em junho de 2025. A nível nacional, Portugal estabeleceu uma moratória sobre a mineração em mar profundo nas suas águas até 2050. 

No entanto, Paula Sobral adverte para uma contradição: o Objetivo 14 (Proteger a Vida Marinha) da Agenda 21 das Nações Unidas é, surpreendentemente, o mais subfinanciado de todos.

Numa conjuntura global onde a negação da ciência e os retrocessos ambientais ameaçam o progresso, a investigadora defende que o conhecimento científico se torna a nossa maior ferramenta.  Para a investigadora, O conhecimento gerado pela ciência do Oceano é fundamental para orientar decisões informadas e políticas públicas eficazes. É nele que reside a capacidade de agir com confiança e determinação pelo futuro do Oceano, que é, em última análise, o futuro de todos nós.

 

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