De 20 a 26 de outubro assinala-se a Semana Internacional do Acesso Aberto 2025, uma iniciativa global que promove o acesso livre e responsável ao conhecimento científico. 
Coordenada pela SPARC (Scholarly Publishing and Academic Resources Coalition), a edição deste ano tem como tema “A quem pertence o nosso conhecimento?”, convida à reflexão sobre quem produz, compartilha e beneficia da ciência, além de destacar a importância de garantir uma distribuição do conhecimento que seja justa e transparente.
Criada em 2007, a Semana do Acesso Aberto cresceu de um evento conhecido como “Dia do Acesso Livre” para uma campanha global focada em Ciência Aberta, compartilhamento de dados e a importância das infraestruturas que garantem o acesso universal à informação científica.
Em Portugal, o RCAAP (Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal) coordena as atividades nacionais, incentivando universidades, centros de investigação e bibliotecas a promover boas práticas de abertura e colaboração científica.
O MARE/ARNET reforça seu compromisso de promover uma ciência aberta, transparente e colaborativa, na qual o conhecimento é um bem comum ao serviço da sociedade e da sustentabilidade dos ecossistemas.
CoastNet: dados abertos para compreender e proteger o oceano
Entre as iniciativas do MARE que materializam os princípios da Ciência Aberta, encontra-se a CoastNet (Rede Portuguesa de Monitorização Costeira), uma infraestrutura de investigação coordenada pelo MARE/ARNET e integrada no Roteiro Nacional de Infraestruturas de Investigação (RNIE).
A infraestrutura disponibiliza dados e produtos de satélite para a costa portuguesa, parâmetros físico-químicos e biológicos para os estuários do Mondego, Tejo e Mira e dados históricos de projetos de investigação concluídos, de forma aberta, gratuita e acessível.
Através do geoportal CoastNet, investigadores, técnicos e cidadãos podem visualizar e descarregar dados em tempo quase real sobre temperatura, salinidade, oxigénio dissolvido, turbidez e outras variáveis ambientais, bem como informação da Portuguese Tracking Network (PTN), como a localização das redes de recetores acústicos que registam os movimentos de espécies marinhas marcadas.
“Ao disponibilizar de forma aberta dados contínuos sobre os ecossistemas costeiros, a CoastNet derruba barreiras ao acesso à informação científica e reforça o compromisso com uma ciência mais aberta, transparente e colaborativa”, afirma Susana França, investigadora MARE/ARNET e membro da equipa coordenadora da CoastNet.
Ao integrar medições in situ, dados de satélite e séries históricas, a CoastNet promove uma monitorização costeira colaborativa, transparente e interoperável, alinhada com os princípios FAIR (Findable, Accessible, Interoperable, Reusable) e com as recomendações da UNESCO e da Agenda Europeia de Ciência Aberta.
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Texto de Vera Sequeira